O que você precisa saber antes de investir
De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em seu Portal do Investidor, há uma série de aspectos que você precisa saber antes de investir.
A) O seu
perfil de investidor:
Na hora de investir, é importante conhecer as
características dos investimentos disponíveis para que sua escolha seja a mais
adequada para cada pessoa. Por isso é importante ter em mente que as pessoas
são diferentes umas das outras. A mesma é verdade para o perfil de quem está investindo.
O investidor pode ser classificado em três diferentes perfis, de
acordo com a sua disposição para aceitar riscos, sua preferência por liquidez e
expectativa de rentabilidade.
A combinação dessas características determina
o perfil do investidor, que pode ser conservador, moderado ou arrojado
(agressivo). A análise de perfil do investidor é fundamental para que seus
investimentos sejam realizados de forma consciente e sejam compatíveis com seus
objectivos.
Qual o seu perfil de risco?
I. Conservador: privilegia
a segurança e faz todo o possível para diminuir o risco de perdas, aceitando,
inclusive, uma rentabilidade menor;
II. Moderado: procura um equilíbrio entre segurança e rentabilidade e
está disposto a correr certo risco para que o seu dinheiro renda um pouco mais
do que as aplicações mais seguram;
III. Arrojado: privilegia a rentabilidade e é capaz de correr grandes riscos
para que seu investimento renda o máximo possível.
Descobrir seu perfil pode ajudá-lo na escolha da aplicação mais adequada,
desde que essa informação seja utilizada apenas como orientação (e não como
verdade absoluta) e que sejam tomadas as precauções necessárias, antes e ao
longo do investimento, tais como:
- Verificar se há registo na CVM;
- Ler atentamente o
regulamento e/ou o prospecto;
- Informar-se sobre os
custos incidentes, tais como taxa de administração, taxa de custódia, taxa de
performance etc;
- Conhecer a
estratégia do administrador e os riscos assumidos;
- Pesquisar a
reputação das instituições envolvidas, entre outras precauções.
A título de
orientação, o portal do investidor da CVM informa que investimentos como caderneta
de poupança, títulos públicos e fundos de curto prazo são mais compatíveis com investidores
de perfil conservador.
No outro extremo, os
fundos multimercado são exemplos de
investimento mais compatíveis com investidores de perfil arrojado, uma vez que,
em busca de maior rentabilidade, há muita liberdade na composição de suas
carteiras e mais exposição ao risco.
No entanto, alguns
investimentos, tais como fundos cambiais, fundos de renda fixa, acções e de bêntures,
poderão ser considerados moderados ou arrojados, dependendo, entre outros factores,
da política de investimento constante do regulamento e do risco do emissor do
título.
O mais importante é, antes de qualquer aplicação, verificar a
solidez das instituições envolvidas e pesquisar nos documentos correspondentes
(Regulamento do Fundo, Prospecto da Oferta Pública etc.) qual o perfil de risco
assumido.
B) Objectivos do investimento:
-O que você pretende fazer com o seu
dinheiro?
-Pagar uma faculdade?
-Comprar um carro?
-Comprar uma casa própria?
Saber como você
pretende utilizar seu dinheiro no futuro é um passo importante para a escolha
do tipo de investimento.
Objectivos diferentes podem implicar modalidades diferentes de
investimentos, aceitar ou não riscos diferentes e necessidades diferentes de
liquidez.
Com o objectivo em mãos, vamos ao próximo
passo.
C) Prazo de
aplicação:
Definido o seu objectivo, fica mais fácil
saber em quanto tempo você vai precisar dele, ou seja, sua necessidade de
liquidez.
Se o objectivo é
comprar uma casa, e se você está apenas começando a formar sua poupança, então
provavelmente serão necessários alguns anos para que consiga juntar o dinheiro.
Por outro lado, se o objectivo é uma viagem daqui a seis meses, então você precisa
de investimentos de maior liquidez e provavelmente não vai tolerar
investimentos com alta volatilidade (maior risco) que possam colocar em risco
os seus objectivos.
O horizonte de
aplicação é um factor decisivo na definição do investimento mais apropriado, pois
o tempo em que o recurso ficará aplicado poderá influenciar na rentabilidade e até
na tributação.
Fonte: Banco Central do Brazil
Edição: Faruk Muando
Imagem: Photofaro










